terça-feira, 25 de setembro de 2018

Entrevista com Karine Campanille




“Karine é apaixonada por música, tem 38 anos e vive sempre com a chama da criação ardente. Se vira em alguns instrumentos, é mulher-trans, fecha com o socialismo, feminismo. Sem deuses e sem mestres, para não deixar de ser clichê”. 


Saudações Karine, como estão as coisas? Agradeço imensamente pelo apoio e dedicação do seu tempo para responder essa entrevista. Bem, para começo de conversa fale um pouco sobre seu primeiro contato com o underground metal/punk e como ele impactou sua vida? 
Eu que agradeço essa oportunidade. Assim, comecei a tocar em banda lá pros 16 anos, mas a galera que eu tinha afinidade levava a música apenas como passa tempo e pouca coisa aconteceu por longos anos, só depois de adulta que comecei de fato a me envolver no underground com mais assiduidade. Durante a adolescência eu tinha uma conduta bem misantrópica e também sempre fui extremamente tímida e insegura, dificilmente me sentia pertencente a qualquer grupo, em qualquer lugar, não era muito de sair pra rolê. Isso foi mudando, só depois que me tornei adulta e até um pouco vivida. 

Sei que suas atividades no underground são intensas. Lembro que quando a conheci você tocava na banda Distürbia Cladis, foi em uma das muitas edições do Metal Punk em BH, esse dia foi lindo, você recorda? Enfim, comente sobre suas atividades no underground, suas bandas, seus projetos etc. Pelo que sei você atualmente toca nas bandas MAUSANGUE, KULTIST, MESSIASEMPALADO e FÖXXSALEMA não é isso?
Essa pergunta volta um pouco na anterior, pois na banda que eu tocava quando você me conheceu que efetivamente comecei a viver o underground. E sim, lembro desse dia, principalmente pela receptividade da galera em BH, inclusive desse rolê surgiram algumas amizades. E aconteceu que na banda que eu tocava infelizmente eu tinha bem pouco espaço para criar e me expressar, tanto musicalmente, como nas questões de trans-ativismo. Depois que saí, primeiro passei por um período que eu queria parar definitivamente, mas era tanta ideia borbulhando e que ficou travada por um bom período que não consegui evitar de tentar novos projetos. A Mau Sangue e a Kultist foram projetos que começaram quase que simultaneamente e em ambos logo de cara houve muita sintonia de ideias no geral. Na primeira, eu sou vocalista e guitarrista e é um som, que na falta de definição melhor, eu acho que tá pro metalpunk, com letras mais políticas, sociais, LGBTQ ativista, feminista, anarquista. A segunda veio da ideia do vocalista, Daniel Pacheco, de fazer um som baseado nos contos de Lovecraft, nisso recebi o convite para assumir o baixo e nós temos influência de thrash/death/black metal, mas nos auto-rotulamos de dark metal, só pra ter alguma coisa pra falar quando perguntam, já que também não é propriamente nenhum dos três estilos que nos influencia. As duas bandas começaram na metade de 2016 e calhou que ambas estavam produzindo bem, e em 2017 começamos a divulgar algumas gravações de ensaios e convites pra shows foram aparecendo. A Mau Sangue por enquanto só tem uma demo com 5 músicas, a Kultist está pra lançar um full ainda esse ano, se tudo der certo. Eu cheguei numa fase que não consigo ficar numa banda só, pois cada uma tem um direcionamento e ritmo pra desenvolver os trampos e às vezes certas ideias não cabem e/ou estão em outra urgência de se ver concreta, nisso. No fim de 2017 montei a Messias Empalado, com a proposta de fazer um som blasfêmico e anti-cristianismo na ótica de pessoas LGBTQ cansadas da perseguição que instituições religiosas fundamentalistas principalmente volta contra nós, somos todos pertencentes à sigla do arco-íris e quando nos reunimos pela primeira vez não sabíamos que estilo de som fazer, da minha parte eu queria tocar algum instrumento que eu nunca tinha tocado e escolhi ir pro teclado, instrumento que comecei a aprender precariamente no ano passado, nisso o som começou de forma totalmente experimental e acho que flertamos com darkwave/deathrock e na parte lírica tem bastante influência do Marquês de Sade, dentre outros questionadores do cristianismo. A Föxx Salema foi um convite que recebi esse ano pra gravar os teclados no trabalho dela de heavy metal, intitulado Rebel Hearts, mas no fim acabei gravando guitarra, baixo e teclado no disco, ao vivo vou assumir a guitarra. Nos conhecemos no ano passado num evento que organizo com o coletivo Out and Proud, Resistência Transviada, evento com proposta de trazer pessoas LGBTQ ativamente pro underground, pois em muitos espaços não nos sentimos acolhidas e seguras. A Föxx é vocalista, compositora e é trans também e fez uma participação no rolê e depois acabamos nos tornando amigas, mesmo que separadas pela distância de estarmos em cidades diferentes. Esse disco está pra ser lançado nos próximos meses. Hoje em dia todos os projetos que estou envolvida tem mulheres cis e trans na formação, pessoas hétero, homo e bi e isso não é mera coincidência, de situações que já passei eu nunca mais me envolvo em projeto que os integrantes sejam predominante homem cis e hétero, acaba rolando muita tesourada nas ideias que só consigo ver como disputa de ego, pois hoje em dia isso não faz parte da minha convivência com membros das bandas e a relação é totalmente horizontal. 

Posso dizer que você é uma das poucas mulheres trans envolvidas com o underground. Preconceitos existem e se amplificam por toda esfera social, seja ela macro ou micro, e grupos minoritários undergrounds como o metal/punk não escapam de serem capturados e reproduzirem tais forças. Vamos falar sobre LGBTQ no underground, ou seja, sobre a participação de pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis/transgêneros, queer etc. Como combater o fascismo cotidiano presente em nós? Sabemos o quanto esse meio ainda é reforçado por parte de alguns! 

Eu tenho visto que tem surgido algumas artistas trans no hip-hop, no funk, nas vertentes e subgêneros de punk e metal, tenho conhecimento de poucas pessoas envolvidas. Tem cenas que me sinto totalmente malquista. Black metal por exemplo, quando colava só o jeito que uns dirigiam o olhar já me sentia hostilizada, todas as situações até hoje que passei na cena que envolveram homo/transfobia foi com galera do metal. Não quero afirmar que nas cenas ditas libertárias não exista esses reveses, vira e mexe temos conhecimento de algum cara que tem atitudes que destoam daquilo que dizem defender, machismo dentro dos espaços, racismo também, isso é bem complicado. Pessoas brancas sempre carregam algo que por vezes nem percebem que é racista até tomar um puxão de orelha pra cair a ficha. Tem manas que vira e mexe relatam episódios gordofóbicos, etc. Eu acredito que ninguém nasce pronto pra nada e que os espaços undergrounds não tem que ser uma bolha ou todos terem a obrigação de serem mega-desconstruídos, mas com certeza alguns espaços propõem debates de diferentes temas que fazem parte da vivência de minorias sociais e cabe a cada um, conforme seu tempo de evolução, ir repensando as atitudes, todo mundo ou quase todo mundo em algum momento da vida reproduziu coisas zuadas, eu me incluo nisso claro e com certeza ainda tenho aspectos a serem trabalhados, perfeição nem deus consegue atingir, dizem que essa entidade poderosa criou a humanidade. Falando do fascismo, que infelizmente está muito em voga em pleno século XXI, eu não saberia dizer como combater. Tem gente que acredita que tais ideários vêm de cima para baixo, de um porta-voz, mas acredito que tá enraizado mesmo e pode ser alimentado e estimulado. Como alguém que se pauta pelo anarquismo eu sempre vou acreditar no exemplo pela prática pra combater, mas que força temos em grande escala? Uma alternativa acho que é tentarmos fazer a nossa parte em nossos meios de convívio, contrastando essas ideias com atitudes afirmativas. Mas é passo de formiga, que pra nossa desesperança parece que ideias fascistas tem ganhado muita força, ainda mais com gente influente servindo de espelho e reverberação da vontade de muitos de exacerbar suas síndromes de pequenos poderes e sentirem que tem respaldo pra colocar em prática e de preferência com violência seus preconceitos. Eu queria saber uma receita pra combater, mas sou apenas mais uma desiludida. 

Sim, concordo, estamos longe de sermos perfeitos (nem tenho essa pretensão) e temos muito o que fazer na luta contra o fascismo que produzimos cotidianamente. Sou até suspeito para dizer, uma vez que sou homem, branco, estou hétero, privilegiado etc. Em todo caso, isso não pode engessar o processo de discussão, de debates que busquem problematizar e repensar tais subjetividades normativas. Bem, agora, gostaria que você falasse um pouco sobre como é seu cotidiano? Adoro pensar nas “banalidades” diárias como possibilidades criativas de mudança. Marcel Duchamp, a alguns anos atrás, chamou a atenção para o valor das coisas às quais muitos não atribuem valor. Em uma certa entrevista, para a CBC, o entrevistador perguntou o que ele estava fazendo, de modo que ele disse: respirando. 

Meu cotidiano é passar a maior parte do meu tempo dando lucro pro patrão pra poder pagar as minhas contas. Eu preciso urgentemente pensar numa forma de autonomia, isso me sufoca, mas por N razões não consigo sair dessa teia. Acho que tenho uma vida bem desinteressante. Se tocar um instrumento e ter banda pode ser considerado algo a salientar, é isso, passo o dia pensando em música enquanto estou trabalhando. Aliás, muita música me vem na cabeça nas horas roubadas e fico esperando o tempinho livre pra pegar um instrumento e tirar das ideias o que ficou martelando o dia inteiro. Às vezes, roubo o tempo do trabalho e abro um bloco de notas pra riscar algum verso ou estrofe, até letra inteira quando a inspiração tá forte e o momento permite. Mas no fim das contas, quase nada que passo pro papel vira som, arte coletiva tem dessas. Fora isso, ainda a misantropia é parte de mim, durante a semana detesto sair de casa, só pra algum compromisso mesmo. De vez em nunca alguma gig (ver bandas, rever amigxs) ou visitar alguém. Também adoro bike e uso pra quase tudo nas épocas que estou 1000 grau na empolgação. É que no inverno não consigo ter ânimo pra pedalar, pois mal tenho ânimo pra sair da cama. Mas é isso, como tenho um certo privilégio social de morar no centro isso é possível. Se fosse como anos e anos atrás não tinha muita saída, morando mais pra periferia, minha vida seria nesse sentido como quase a de todo brasileiro, acordar cedo, pegar condução lotada, passar o dia num trampo que não gosta, isso quando não tá na fase de sair da tortura direto pra faculdade ou algum curso e chegar em casa meia-noite pra mais, e viver um dia após o outro sem poder fazer nada que realmente importa. 

Seguindo os questionamentos da pergunta anterior, como vivências cotidianas, o que você acha que podemos experimentar com o undeground punk/metal? O que pode o metal/punk? 
A música é uma arte muito forte e pode levantar emoções e impulsos imediatamente. Talvez comece nos anseios do interlocutor/artista e encontre a reciprocidade quando chega ao ouvido das pessoas. Mas às vezes é vazio também, é só energia do som, onde a mensagem pouco ou quase nada importa. Acho que num círculo pequeno tem certos poderes de influência em certas medidas, assim como de identidade e direcionamentos comportamentais. Isso pode ser pro bem ou pro mal, colocando em termos não morais, mas de vir a prejudicar a si próprio ou outrem ou ter um papel positivo em outros momentos. Metal/punk, acho que acaba tendo mais a ver com congruências dos nichos que compartilham do gosto musical, estética de se vestir do que propriamente ter grande poder de influência externamente. Mas em certa medida pode ser capaz de transmitir algo que extrapole, algumas letras levam as pessoas a refletirem sobre assuntos que às vezes não tinham tido contato em outro meio de comunicação, nisso acho o punk mais efetivo, apesar de ter bandas de metal com letras mais sociais e políticas, mas é diferente como chegam. No fim, em termos de transformação social, acho que é só mais uma ilusão gostosa que nós consumimos ou só nos distraímos ou nos divertimos ou viajamos. Muitas vezes pouco mudamos algo de nós mesmos que precisa ser trabalhado, acredito que outros estilos conseguem ser mais eficazes na questão de influência e de passar uma visão. 

O que você pensa sobre a importância das vivências undergrounds D.I.Y punk como afetação de si e do outro cotidianamente em termos revolucionários? 
Acho que esse ciclo que tornamos real pra girar ideias, arte, encontros, trocas de experiências tem tudo pra fortalecer. Mas como disse antes não vejo uma força contra-cultural hoje em dia com potencial de revolucionar fora dos nichos, em grande escala, por si só. No máximo cada um tentar fazer sua parte aqui e ali nos seus meios sociais, o que já é alguma coisa, mas nada de tão relevante. Eu pelo menos não consigo ver nada nos últimos tempos que revolucionou, surgindo do underground. Assuntos relacionados a questões de gênero ou feminismo, por exemplo, acho que teve e tem grande difusão, em zines, por exemplo, mas esses assuntos não tomaram grandes proporções só daí, talvez o momento convergiu pra vários meios e movimentos sociais colocarem em pauta atualmente e terem cada vez mais visibilidade num âmbito geral. 

Quais são suas maiores influências no que se refere ao underground metal/punk?  

Acho que antes de mais nada vem da minha inquietude e/ou necessidade de criar/produzir. Quando falo criar isso só é possível se espelhando em artistas que nos cativa de alguma forma, se eu for citar bandas fico numa posição de acabar esquecendo de alguma, pois são muitas. O que posso dizer que no momento o que mais me influencia é ver que cada vez mais tem bandas com mulheres na formação, algumas com gente LGBTQ e essas bandas fazendo seus rolês e se ajudando, já que infelizmente nem sempre a cena dos caras é inclusiva. Tem as famosas panelinhas, o não querer estar num evento que mulher vai falar coisa desconfortável no palco e bater de frente com atitudes machistas e/ou sexistas enraizadas. Pela minha vivência enquanto mulher-trans isso me inspira, pois boa parte da minha vida eu não tinha referências, já que a cena é majoritariamente masculina e hétero. Óbvio que gosto de muitas bandas formadas por homens, diria que as que mais escuto tem essa formação, mas não me inspira em termos de underground, minha vontade de continuar fazendo som vem desse panorama que pra mim é novo. Talvez sem ele, na ocasião que saí da banda que vc citou na segunda pergunta eu teria de fato desistido de começar qualquer outro projeto. 







Com relação ao visual, você acha importante? 

Acho desnecessária a cobrança. Eu gosto de visual, às vezes vou até pro trabalho parcialmente como se tivesse indo pra um rolê, mas isso não tem que ser obrigação. Aliás, acho ridículo o que muita gente do metal/punk se apega em obrigação com visual e o colocando acima até de atitudes. Eu sou desencanada, apesar de gostar, tipo, se eu tiver num lugar quente demais eu quero que se foda, vou meter o chinelo no pé, não é isso que vai mudar meu gosto musical nem como toco se eu estiver num palco. Visual tem que ser o que a pessoa se sinta bem, eu mesma tem dia que tô mais punk, outros mais metal, outros mais gótica, tem dias sem visu nenhum, vai do momento. 


Vegetarianismo, veganismo, poesia, fanzines, gigs, bandas, anarquismo, existência, gostaria que você falasse um pouco sobre isso. 
No meu caso tudo isso tá interligado. Minha relação com o vegetarianismo é anos de vai e volta, de uns anos pra cá parti pro vegetarianismo, tem refeições que consigo montar um prato vegano, mas acho que nunca vou conseguir totalmente evitar de ser consumidora de produto vindo da crueldade animal, é foda, tem coisa que gosto e não consigo parar de comer e nem substituir, mas procuro evitar. Ou às vezes sou desatenta com produtos de beleza com relação a verificar se a empresa faz teste em animais. E justamente em zines que tive os primeiros contatos mais aprofundados desse tema, zine feito por quem difunde o anarquismo, bandas que fazem músicas sobre esses assuntos e acabam em certa medida ajudando a repensar conceitos e adotar novas condutas. 





Estamos em tempo de eleição, a polarização de grupos partidários tem incitado discursos de ódio e intolerância. O Brasil vive uma crise política, econômica e social bastante complexa como o desemprego, a violência, o crescimento da pobreza etc. Isso tem levado as pessoas a buscarem caminhos extremados. Corremos o risco de termos como presidente um candidato de extrema-direita. Qual sua opinião sobre o atentando sofrido pelo presidenciável Bolsonaro? 
Por todos os fatos levantados ainda tô com o pé atrás quanto a veracidade total desse atentado. Mas supondo que realmente o cara teve aquela brisa de que deus mandou ele agir. Se não fosse, ele poderia ter sido qualquer um que se sente ameaçado por alguém que defende que o país ideal é o que minorias devem se curvar pra maioria, ou seja, em outras palavras, um lugar onde qualquer população em vulnerabilidade social deva aceitar ser excluída, agredida, explorada, discriminada, mal-tratada, violentada, assassinada com aval do Estado, pelos que compõem a fatia dos que tem privilégios sociais e assim o tem em detrimento de outrem, um porta-voz dos extremistas cedo ou tarde atrairia alguém que ao ver esse cenário despótico se aproximando e quisesse cortar o mal pela raiz. Isso que nem citei o fato dele ser homofóbico, machista, racista, xenofóbico, nazi-fascista, é uma mistura que forma um ser deplorável e que pra minha incredulidade e desesperança na humanidade tem tanta gente que o tem como espelho, o admiram justamente pelos discursos de ódio contra minorias sociais. Tá, tem mulher que vota nele, tem gay que vota nele, tem trans que vota nele, tem negros que votam nele, tem pobre que vota nele. Pra mim, o momento tá inexplicável, mas uma coisa que eu posso dizer é que nem todos que fazem parte de alguma minoria são empáticos com as causas de outras minorias, isso muitas vezes até dentro de diferentes vertentes de grupos específicos; e pra além disso tem o ódio ao PT em jogo, pode notar que o discurso ou é anti-PT ou apoiado nos discursos de ódio ou distorcendo os discursos de ódio e querendo tentar convencer que as falas homofóbicas não são nada disso, é porque o mano é cristão e na bíblia, tá escrito que deus não quer viadagem. Já vi também defendendo ele por ser machista, pois todos os homens são, ele é só mais um, daria pra escrever um livro só com esses disparates de quem o apoia. Imaginando um cenário que ele de fato ganhe, só é possível enxergar a barbárie social e o país na bancarrota, simplesmente não existe nada de bom que esse sujeito propõe, mas coisa ruim tem de sobra para umas 10 gerações. 

Bem Karine, mais uma vez muito obrigado pela entrevista e dedicação. Para finalizar, você ficou sabendo que um imenso meteoro vai cair no planeta terra e destruir tudo, diga os três últimos plays que você ouviria? 
Difícil isso, sou muito de ouvir som conforme meu estado de espírito. Provavelmente o Symphonies of Sickness do Carcass, qualquer play do G.L.O.S.S., o Dirt do Alice in Chains. Ou talvez fosse o único momento em que eu quisesse contemplar instantes de silêncio até chegar a música cósmica do nosso fim. 

Fico com os instantes de silêncio também viu (risos). Grande abraço Karine.


OBS: Todas imagens cedidas e autorizadas pela entrevistada.

3 comentários:

  1. Fantástic entrevista!!!! A prosa boa de ver-ouvir! Resistência e criação pra tudo que é canto.

    Parabéns Karine! Inspiradora sua vida na invenção de outro mundo possível junto a isso que aqui está!👏👏👏👏👏👏👏

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  2. Genteeee, que bacana e potente a entrevista! Adorei também conhecer um pouco de você Karine!

    Que venham muitas invenções e cantos e possíveis!!!

    Beijos! Lili!

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